O Panda tem uma mala de dimensões modestas, assim a melhor solução para se conseguir espaço para carga extra, é usar uma grade de tecto.
Para este efeito existem vários modelos no mercado e de diferentes preços, assim os Pandistas podem escolher o que mais se adaptar ao Panda.
No caso apresentado escolhi este modelo:
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O preço deste modelo deve rondar os 70€ em Portugal e é de uma marca conceituada no mercado.
Em alternativa podem fazer vocês mesmos uma, tal como em tempos desenhei:
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1 - Grade, pode ser totalmente em ferro e com o fundo forrado a contraplacado marítimo.
2 - Pneu suplente, para prender o pneu pode-se usar uma peça igual à que prende o pneu suplente existe, esta apertará num varão roscado soldado à grade.
3 - Jerricans, o seu conteúdo depende das necessidades dos Pandistas
4 - Faróis de longo alcance
5 - Antena de CB
6 - Farol de trabalho
A disposição e tipo de "extras" foi uma ideia pessoal.
Dependendo das necessidades de cada Pandista podem ser fitas várias configurações, tais como:
- Colocação de suportes para pranchas de desatascamento
A iluminação é um factor de segurança particularmente decisivo no crepúsculo, à noite e em caso de condições atmosféricas adversas. Por isso, os Pandistas devem assegurar sempre que o sistema de luzes dos seus Pandas se encontra intacto.
Neste capitulo irei propor a mudança de algumas das lâmpadas de tungsténio para led's e halogéneo.
Tablier:
Aqui não proponho nenhuma alteração, pois como as lâmpadas de led's são direccionais (emitem luz em apenas um sentido), iriam aparecer zonas iluminadas e outras com sombra. Poderia-se colocar um difusor nos led's mas isso já é complicar e aqui pretende-se coisas simples.
Faróis da frente (máximos e médios):
Proponho que se mantenha as lâmpadas de halogéneo para quem as usa ou então se ainda tem as lâmpadas originais de tungsténio a colocação das de halogéneo.
O casquilho do Panda é o P45T/H5, existem no mercado lâmpadas de halogéneo para este casquilho embora sejam raras a ultima vez que as vi foi no hipermercado das novidades ;)
Caso não encontrem as lâmpadas de halogéneo em H5 tem duas soluções:
1 - Usar lâmpadas H4 com adaptadores de H4 para H5, quase tão raros como as lâmpadas.
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2 - Usar as lâmpadas H4. Para usar este tipo de lâmpadas deve-se dobrar ligeiramente aquelas 3 "pontas" para baixo, atenção que esta dobragem é que vai dar a focagem da lâmpada, pelo que é um trabalho de paciência. De seguida dá-se mais força à mola que prende a lâmpada e pronto. Pode-se andar no TT mais radical que a lâmpada não se mexe.
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Os meus agradecimentos ao Hugo Pacheco de Braga pela dica.
As lâmpadas H4 que recomendo são as Philips VisionPlus 60/55W, cheguei a esta conclusão após várias consultas em fóruns de viaturas TT e motos Trail. Sempre usei estas lâmpadas nos meus Pandas e nunca tive problemas com os filamentos.
Aqui ficam alguns comparativos destas lâmpadas com as convencionais de halogéneo:
As lâmpadas de xénon são desaconselhadas para o TT!!!
A substituição das restantes lâmpadas (lâmpadas de tungsténio por led's):
Mínimos e piscas laterais:
Luz de presença e STOP:
Piscas (led's em cor âmbar ou amarela, depende do tipo de difusor), farol de nevoeiro e luz de marcha atrás:
Luz de cortesia:
Luz da matricula:
Muitos deverão pensar, isto de led's só tem a ver com o estilo, mas pensem nisto, os led's por não terem filamento não sofrem com percursos acidentados. Outra questão é a do consumo, pode ser relativamente mínimo mas em uma expedição qualquer redução no consumo implica uma maior durabilidade da bateria e menos preocupações com o facto de poder ficar sem carga!
Devem ter reparado que a lâmpada da matricula é diferente da da luz de cortesia, tal é propositado, pois como a da matricula está sujeita a um período de utilização mais longo o seu aquecimento é maior, daí opção por um modelo com dissipador, desta forma prolongamos a vida dos led's.
A escolha do tipo de lâmpada led não foi propositado, apenas devem ter em conta que as lâmpadas "chinocas" tem o valor que tem! Escolham sempre lâmpadas com led's SMD pois estas tem mais luminosidade com o mesmo consumo.
Muito se fala sobre este assunto. Para comunicações a curta distância o ideal e aconselhado é o uso de rádios do tipo PMR, para longas distâncias temos os CB's.
Tem-se falado de quem use rádios de VHF, mas estes não são os mais indicados pelas seguinte razões:
O seu alcance está limitado ao campo de visão.
Apenas os podem utilizar radio-amadores devidamente certificados pela ANACOM, caso não o sejam arriscam-se a uma avultada multa e uma ida ao tribunal.
São equipamentos mais caros e de maior consumo já que necessitam de mais potência para cobrir a mesma distância do que um rádio CB (dependendo dos locais).
Os rádios PMR
O PMR é um serviço de comunicações via rádio numa faixa de 8 canais em UHF nos 446 MHz.
PMR são as iniciais de "Personal Mobile Radio" ou pessoal móvel. Destina-se a ser utilizada por todos os cidadãos, de forma livre e gratuita, dispensando qualquer licença ou autorização.
Este sistema assemelha-se à Banda do Cidadão (CB), com a diferença residindo no alcance das comunicações devido a várias limitações: apenas se pode emitir com 500 mW, só são autorizados aparelhos com antenas incorporadas, o maior alcance em UHF atinge o melhor rendimento em linha de vista. Assim, este é um serviço utilizado em comunicações locais com alcances de até 5 quilómetros, em condições ideais (em linha de vista). Todavia, na presença de obstáculos, essa distância reduz-se. Numa cidade, consegue-se frequentemente atingir mais de um quilómetro.
Os rádios CB
Em Portugal, a Banda do Cidadão está reconhecida pelo Estado como sendo um "Serviço de Rádio Pessoal - CB", e regulamentada pelo Decreto-Lei 47/2000.
Os canais (40) usados pela Banda do Cidadão encontram-se na faixa de frequência compreendida entre os 26.965 e os 27.405 MHz, estes rádios devido ás propriedades das suas "ondas" torna-se no rádio ideal para curtas e longas distâncias, tanto em planícies como em montanha.
A entidade oficial que superintende o funcionamento da Banda do Cidadão é a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações). Para se poder usar este tipo de rádio necessita-se de uma licença que é emitida pela ANACOM mediante um único pagamento de aproximadamente 75€.
Rádio CB
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Existem vários tipo de rádios, com vários tipos de funções, e modulação (AM/FM/USB/LSB). O mais indicado tendo em conta o factor Euro, são os rádios de 40 canis de AM e FM, a sua aquisição varia entre os 60€ aos 120€ dependendo do tipo e quantidade de funções que tenham.
Pessoalmente atendendo à evolução neste segmento o rádio ideal para os pandistas é o Lafayette Vénus ou equivalente, a sua principal vantagem em relação aos outros existentes no mercado é que, vem com um cabo de extensão de 3 metros, entre o rádio e o microfone/display, a sua montagem pode ser em um local escondido, ou então no caso dos pandas em um local onde se consiga fixar.
Montagem de um rádio CB
A localização do rádio CB fica ao critério dos pandistas, actualmente com os novos tipos de rádio (ver a imagem acima) e como os pandas nisto não tem grandes locais para a sua colocação, a "caixa" do rádio pode ficar montada, oculta, naquela tábua de madeira que existe por baixo do tablier, na mala, etc, etc, locais não faltam. O suporte do microfone e display pode ser fixo do lado direito, do lado de fora, do painel de instrumentos.
Depois de fixo este deve ser alimentado a 12V, aqui podem levar a um electricista e ligar na caixa de fusíveis do Panda ou então "passar" os cabos até à bateria e ligar directamente à mesma, nesta solução devem colocar um fusível de 10A o mais próximo da bateria e o cabo deverá ser no mínimo de 2,5mm de extensão, para o rádio acima referido.
Suporte de antena.
Existem no mercado vários tipos de suportes os ideais deverão ser de acordo com o local onde vão ser colocados e à prova de corrosão. Podem ser feitos pelos próprios pandistas ou usar as chamadas bases magnéticas.
Antena
Esta é o elemento mais relevante no alcance das comunicações! O tipo de antena a usar depende, cada caso é um caso, uma antena maior não significa mais alcance!! Recomendo as antenas de marcas conceituadas e não as "chinocas". A antena representada na imagem acima tem a vantagem de se poder desapertar a base e deitar a antena, isto é útil para a entrada em garagens ou outros locais com baixa altura.
Montagem da antena
O melhor local para a montagem das mesmas podem ver nas imagens abaixo.
As "elipses" a azul são rendimento das antenas (quanto maior for a distância do quadrante ao centro, maior o rendimento).
Solução A (antena na frente da grade/no meio do tecto):
Sem duvidas a melhor solução, pois a antena fica livre de qualquer obstáculo o seu rendimento é uniforme. Isto devido a ter um plano terra maior (para leigos, mais metal na base da antena).
Solução B (antena no capot):
Esta é uma solução de compromisso, pois a antena colocado no capot, como podem ver tem o seu rendimento limitado, em muito devido ao seu plano terra e parte da antena ficar encoberta pela carroceria.
Solução C (antena na parte posterior da grade/no "fim" do tecto):
Mais uma solução de compromisso, pois a antena colocado no capot, como podem ver tem bastante rendimento para a frente, mas para trás o seu rendimento limitado, devido à quase inexistência de plano terra para trás.
Solução D (antena no parachoques):
Sem duvida a pior das soluções, pois grande parte da antena fica encoberta pela carroceria do Panda, e o seu plano terra ser reduzido. Pela lógica o rendimento no lado oposto ao Panda deveria ser o pior, mas aqui aumenta devido à carroceria fazer o efeito de reflector, radiando parte da potência para trás.
Afinação da antena
Após a colocação da antena, ainda se tem de afinar a antena.
Começa-se então por medir as ondas estacionárias (potência que não é radiada pela antena), se os valores forem superiores a 1:4, então devem afinar a antena (não invalida de afinarem a antena até ao valor de 1:1)
Para afinar a antena devem colocar um medidor de estacionárias entre o rádio (este deve estar no canal 20) e a antena, estes encontram-se à venda nas lojas acima indicadas, e deslocarem o elemento radiante da antena (o arame) para cima e para baixo até conseguirem um valor perto de 1:1.
Se não resultar, apertar o elemento radiante na base, a meio da posição, e começar a cortar 1cm de cabo de cada vez até os valores começarem a baixar, quando o valor estiver perto de 1:1 cortar de 0,5cm, depois menos, e assim sucessivamente.
Notas: NUNCA cortar a antena (erro mais comum), uma antena mal afinada pode fazer com que o rádio "queime" ou tenha menos alcance.
Muito se tem discutido, sobre este quais os melhores e os piores pneus para o Panda! Para uma Expedição a o ideal é "calçar" o Panda com os Fedima Guide/OR também conhecidos como Fedima F/OR. Estes tem provado ser uns bons pneus com prestações em TT fantásticas.
Para a frente a solução mais indicada é a dos tacos/bolachas em nylon (nunca devem colocar em metal pois é abrasivo para a carroceria), a altura "segura" destes vai até aos 1,8cm. Entenda-se altura segura como altura em que não cria desgaste a nenhum componente mecânico.
Existe também a solução das molas traseiras do do Audi 80 a gasolina, mas com elas temos de ter em conta que o amortecedor vai trabalhar mais perto do limite, o que vai provocar um desgaste prematuro.
Para a trás:
Para a trás a solução mais indicada é a dos tacos em aço inox a altura "segura" destes vai até aos 1,8cm. Entenda-se altura segura como altura em que não cria desgaste a nenhum componente mecânico.
No seguimento desta mensagem irei colocando várias alterações, práticas e teóricas que poderão ajudar a equipar/preparar um panda para Expedições ou aquelas Aventuras fora e em estrada em que se quer autonomia. Alterações que sacrifiquem a mecânica não serão descritas aqui.