Por vezes os Panda 4x4 começam a sofrer o peso da idade e uma das coisas que se começa a notar é um tlim tlim vindo de baixo do Panda. Esse ruído deve-se ao desgaste que a transmissão sofreu.
A solução aqui apresentada não é uma reparação, mas uma forma de silenciar esses ruídos, de forma barata, injectando massa lubrificante ou valvolina espessa (90 ou superior). O objectivo é preencher os espaços vazios dentro do veio para evitar o efeito de "câmara de som" que existe com ele vazio e provoca a ressonância metálica das folgas da transmissão.
Material:
2 Copos de Lubrificação pequenos (para aperto com chave 11, por exemplo).
Execução:
Retirar o veio de transmissão entre a saída da caixa e o primeiro apoio.
Perfurar o veio de transmissão com dois furos rigorosamente em quadrantes opostos na secção adequada dos copos de lubrificação utilizados. Consultar esta mensagem para saber como furar e roscar o veio por forma a colocar os copos de lubrificação.
Apertar os grassés (atenção, estes devem ser iguais e apertados da mesma forma).
Injectar, através de uma bomba de lubrificação, bastante massa lubrificante ou valvolina espessa (90 ou superior).
Remontar o veio no panda.
Funcionamento:
Com a rotação do veio, a força centrífuga vai espalhar de igual modo a massa lubrificante ou valvolina pelo interior do veio, automaticamente equilibrando-o e evitando vibrações, principalmente em velocidade.
Esta solução permite prolongar a vida útil das ponteiras da direcção, é uma solução simples e barata que pode ser reaproveitada quando se der o "fim de vida" das ponteiras.
Material:
2 copos de lubrificação (um para cada ponteira).
Broca de acordo com o diâmetro dos copos de lubrificação (ver explicação abaixo).
Macho de abrir roscas.
Como criar uma rosca:
Acima vemos uma rosca e os parâmetros básicos da mesma. No sistema métrico, as roscas costumam ser denominadas essencialmente pelo diâmetro principal do parafuso (Major dia. na figura). Também é comum vermos referências ao passo da rosca (pitch, na figura), ou seja, a distância entre dois fios de rosca consecutivos, até porque existem casos em que um fabricante pode optar por usar uma rosca de passo maior ou menor que o standard. Por exemplo, em aplicações mais exigentes em termos de precisão ou sujeitas a maior trepidação, opta-se frequentemente por roscas de passo mais fino para ter melhor ajuste e ser mais difícil que a fixação alivie o esforço pela vibração.
Esta medida (diâmetro principal) serve de referência, mas é preciso saber que diâmetro serve de base para o corte da rosca, pois esta é a medida máxima de abertura, e o corte deve ser feito abaixo disto. Para esse efeito, consulta-se uma tabela onde seja indicada a medida de furo de origem, como a que vemos abaixo:
Na coluna da extremidade direita pode-se encontrar o diâmetro do furo que serve de base para o corte da rosca. Por exemplo, se quisermos cortar uma rosca M8, o furo inicial deve ter 6,8 mm (atenção: os passos de rosca aqui não servem de exemplo, pois alguns não são os mais comuns - o M8 costuma ter de passo 1 mm).
Um M8 é uma medida muito comum, mas não se esqueçam que isto é a medida da rosca... a cabeça de um parafuso M8 costuma ser 13 ou 14 mm.
Feito o furo, vamos passar à fase do corte da rosca. Para isto é preciso um jogo de machos da medida a usar e um desandador, que é a peça onde se montam os machos de corte. Os conjuntos que muitas vezes encontramos no mercado são algo semelhante a este:
Aqui vemos um conjunto de machos e coroas de corte para fazer roscas macho e fêmea. Os desandadores são os suportes com pegas para que o utilizador possa manipular os cortantes.
Num conjunto desse tipo, devem existir três machos diferentes:
Como se pode verificar, cada um destes machos tem um perfil diferente. A ordem de uso é a que está indicada. O primeiro macho faz um corte ligeiro, o seu papel primário é centrar correctamente no furo. O segundo guia-se pelo corte inicial e aprofunda mais o corte, enquanto o terceiro faz o corte final da rosca à medida prevista no standard.
A maneira correcta de manusear estas ferramentas é só com as pontas dos dedos (como podem ver ilustrado na figura abaixo), fazendo movimentos ligeiros, cortando apenas uma ou duas voltas de cada vez, e recuando ligeiramente entre cada avanço. Esta é uma operação delicada, por isso qualquer movimento brusco é prejudicial ao processo. Além disso, quando se corta um material muito duro, um movimento repentino pode fazer partir o macho, já que estes são feitos de um material tratado a uma dureza muito acima da média, e isso torna-os muito frágeis.
Como se mostra na figura abaixo, devemos assegurar-nos de que o macho está alinhado perpendicularmente à superfície durante o corte. O uso de lubrificante também é indispensável a esta operação. Há óleos específicos para operações de corte, mas na falta deste, um óleo típico é sempre preferível a não usar nada, porque a superfície aquece e pode ser danificada.
Durante o corte, não esquecer que deve sempre ir-se avançando e recuando, é uma operação que exige prudência e paciência acima de tudo. Se se começar a notar a presença de muitas aparas, deve-se retirar o macho e limpar tudo. Dependendo do perfil do macho e da medida a cortar, a operação pode exigir que sejam feitas algumas limpezas ao longo do processo.
Um vídeo a explicar tudo o que foi dito acima:
A alteração da Ponteira da Direcção:
1 - Material:
2 - Furar a ponteira:
3 - Criar a rosca:
4 - O copo de lubrificação no sitio:
5 - Lubrificação:
6 - Resultado final:
Nota final:
Esta solução serve para qualquer tipo de ponteiras.
Esta dica é útil para os Pandistas que possuem Pandas ou Marbellas com motores a platinado.
Nos Motores a platinado a corrente eléctrica que passa pelo platinado é muito alta, causando um desgaste muito grande dos contactos, não alimentando a bobina que acaba por não gerar uma faísca necessária para boa combustão do motor. Este desgaste altera o ponto de ignição, o que aumenta o consumo de combustível e diminui rendimento do motor.
Com este módulo electrónico isso não acontece, pois este fica responsável pelo controlo de toda corrente eléctrica que irá alimentar a bobina, deixando platinado apenas como sensor de ponto de ignição. Assim o platinado não terá nenhum desgaste, alimentando sempre 100% da potência da bobina, o que proporciona maior rendimento do motor e economia de combustível.
Vantagens:
Arranque a frio instantâneo.
Durabilidade do platinado.
Economia de combustível.
Não sai fora de ponto.
Aceleração muito mais rápida.
Alimenta sempre 100% da bobina.
Motor mais estável a baixas rotações.
Montagem:
Material necessário:
1 Transístor IRGB14C40L
1 Transístor BD140
1 Díodo 1N4007
1 Resistência de 1KΩ 1/4W
2 Resistências de 220Ω 1/4W
1 Placa de circuito impresso de linha completa, perfurada
1 Dissipador e respectivos acessórios de isolamento/fixação
Por Vezes deixamos o nosso Panda na garagem durante algum tempo e quando se vai a arrancar o motor... nada!!! A bateria descarregou, que chatice.
Nada mais útil que ter um carregador de baterias por perto. Para isso deixo aqui um carregador de fácil construção e barato.
Montagem:
Material necessário:
1 Lampada incandescente
1 Diodo 1N4007
1 Casquilho
1 Garra "jacaré" vermelha
1 Garra "jacaré" preta
Fio de 2,5mm, preto
Fio de 2,5mm, vermelho
Esquema:
Clicar para aumentar
Montagem:
Clicar para aumentar
Este carregador é mais eficiente com baterias de 12V e amperagem entre 30 e 70 amperes.
Exemplos de uso para uma carga de 24 horas:
Moto: Bateria de 6V, usar lâmpada de 60W.
Carro: Bateria de 12V, usar lâmpada de 100W
Restantes: Bateria de 12/24V, usar lâmpada de 200W
Observações:
O carregador não avisa quando a bateria estiver com a carga completa, porém não há problema, pois quando ela estiver totalmente carregada o carregador não consegue enviar carga para mesma.
Devem ter isto em consideração:
Carga para arranque: 24 HORAS
Carga total: 72 HORAS
A bateria não é carregada:
Bateria parada por muito tempo.
Bateria que foi bastante forçada e ficou com os favos danificados.
Bateria que cheira mal, por defeito do alternador (sobrecarga).
Para saber se o carregador está a funcionar:
A lâmpada deve acender com um tom bem mais fraco que o normal;
Se ela não acender, é porque o carregador não está a funcionar, a possível causa poderá ser uma ligação invertida do díodo.
Segurança:
Conecte os "jacarés" nos terminais da bateria e SÓ DEPOIS ligue o carregador na tomada. Não deverá existir nenhum tipo de ligação eléctrica da bateria aos órgãos eléctricos do Panda. Nunca tocar na parte não isolada das garras "jacaré"
Quando partimos para uma aventura no nosso Panda, geralmente temos algumas coisas extras ligadas, tais como; carregadores de telemóveis, computador portátil, geleira, conversor 12V>230V, etc. Por isso é necessário este protector, ou arriscamos-nos a quando quisermos ligar o motor não ter carga na bateria. Assim este protector funciona da seguinte forma; quando a bateria está com carga acima de 10,6V díodo zener conduz, fazendo com que o transístor BD679 accione a bobina do relé.
No momento em que a tensão da bateria cair abaixo de 10V o díodo zener deixa de conduzir e a bobina do relé é desligada. No esquema existe uma referência a uma resistência com valores entre 10 e 40 Ohms. Os valores são variáveis, devido o valor da resistência do relé que pode influenciar a voltagem de disparo. Como primeiro teste pode-se usar um resistência de 33 Ohms, tal como mostrado na "montagem"
O relé colocado é um relé NA-NF (Normalmente Aberto - Normalmente Fechado), mas poderá ser colocado um NA.
Montagem do Monitor:
Material necessário: 1 Transístor BD679 1 Resistência de 4,7KΩ 1 Resistência de 33Ω (mas poderá ser de 10 a 40Ω) 1 Díodo 1N4007 1 Diogo Zener 8,2V 1 Condensador electrolítico de 100uf/25V 1 Relé de 12V/40A (NA-NF)
Este monitor é útil para sabermos quando já abusamos da carga da bateria do nosso Panda, avisando-nos quando a mesma já estiver em níveis "perigosos". Para entenderem o "código" das cores leiam o seguinte: Laranja - Tensão entre 10,5V e 11,6V Verde - Tensão acima de 11,6V Vermelho - Tensão abaixo de 10,5V
Os valores de 11,6V podem ser alterados com a colocação de diodos zener de valores diferentes, por exemplo 12V.
Montagem do Monitor:
Material necessário: 1 Led bicolor verde/vermelho 2 Resistências de 470Ω 2 Resistências de 1KΩ (Kilo Ohm) 1 Transistor BC547 1 Diodo Zener 11V 1 Diodo Zener 8,2V Para o "acabamento" usem a vossa imaginação
A caneta de teste de polaridade serve para analisar a instalação eléctrica do Panda e identificar a polaridade dos fios, conectores e outros pontos importantes. Também tem grande utilidade na manutenção do sistemas de ignição e injecção electrónica.
A caneta funciona da seguinte forma:
Ligada à bateria do panda, acende o led amarelo enquanto não estiver a realizar nenhuma medição ou quando o circuito que se está a medir não tiver nenhum tipo de tensão;
Quando a mesma detectar tensão, através da medição de um ponto qualquer do circuito pela agulha, deverá acender o led vermelho, caso esse ponto possuir uma tensão positiva. E acende o led verde quando ocorrer o contrário, ou seja detecta naquele ponto, uma tensão negativa.
Montagem da Caneta:
Material necessário:
1 led verde
1 led vermelho
1 led amarelo
2 resistências de 1KΩ (Kilo Ohm)
1 Garra "jacaré" vermelha
1 Garra "jacaré" preta
Cabo preto e vermelho
Para a ponta podem usar o que encontrarem de melhor
Para o "acabamento" podem usar uma das ideias que irei mostrar mais abaixo
Esquema:
Clicar para aumentar
Antes de iniciar a montagem deverão ter em conta a polaridade dos leds:
Montagem:
Clicar para aumentar
Acabamento:
Clicar para aumentar
Não se esqueçam que a caneta de teste injecta tensão nos componentes testados. Isto pode causar efeitos indesejados tais como, ligar bobinas de ignição ou disparar o air bag.